ARTIGOS


VIDA CONSAGRADA...

A vida consagrada é, em primeiro lugar, um chamado de Deus. Chamado que impele o indivíduo a realizar uma entrega mais profunda de si, da própria vida, inteira e total à Trindade Santa. Esta doação reflete o amor de Deus, expresso na radicalidade do dom de si mesmo por amor ao Cristo Jesus, e n’Ele, por amor a cada membro da família humana. Assim como o próprio Cristo deu a vida, o consagrado é chamado a fazer o mesmo. Doar-se e servir ao próximo e cultivar uma vida de intimidade com Deus, sem deixar de ser o que se é de fato, buscando ser outro Cristo, em toda a sua perfeição. Aí está o verdadeiro caminho para a felicidade, onde é possível saciar toda a sede humana do Infinito, do Bem, e viver em plenitude a salvação.
Bento XVI, em 2 de fevereiro de 2010,nos diz em sua homilia na festa da apresentação do Senhor:
“Na realidade, é próprio e somente a partir desta fé, desta profissão de fé em Jesus Cristo, o único e definitivo Mediador que na Igreja tem sentido uma vida consagrada, uma vida consagrada a Deus mediante Cristo. Tem sentido somente se Ele é realmente mediador entre Deus e nós, caso contrário se trataria somente de uma forma de sublimação ou de evasão. Se Cristo não fosse verdadeiramente Deus, e não fosse, ao mesmo tempo, plenamente homem, não respeitaria o fundamento da vida cristã enquanto tal, mas, de forma particular, não respeitaria o fundamento de toda consagração cristã do homem e da mulher. A vida consagrada, de fato, testemunha e expressa de maneira forte o buscar-se recíproco entre Deus e homem, o amor que os atrai; a pessoa consagrada, pelo fato de existir é como uma ponte rumo a Deus para todos aqueles que a encontram, um chamado, um recomeço. E tudo isto em força da mediação de Jesus Cristo, o Consagrado do Pai. O fundamento é Ele! Ele, que partilhou a nossa fragilidade, para que nós pudéssemos participar de sua natureza divina.” 
Neste sentido, a vida consagrada é uma busca mais específica de proximidade com Deus através de Jesus, e sua existência expressa uma resposta de amor ao Amor que primeiro nos foi dado gratuitamente no mistério da Cruz, e que nos revelou o sentido da vida humana. É Ele a razão da nossa vida. Ser consagrado é permitir-se ser como Maria, que em tudo foi exemplo de amor e deixar que Ela nos molde e apresente à Igreja, à humanidade, como sinal de contradição, para mostrar ao mundo o verdadeiro sentido de viver, de amar e de ser.
Dentro do nosso carisma, “ser sacrário vivo”, queremos buscar a vivência concreta de tudo isso, sem deixar de ser nós mesmos, mas revelando toda a nossa plenitude em Deus, através do serviço ao próximo e profunda entrega a Ele, no lugar onde estivermos, no trabalho, na rua, na Igreja, na família, etc. Devemos sempre revelar com a própria vida a presença do Cristo. Ser consagrado(a), ser sacrário vivo, é ser sinal claro e visível da presença do Cristo em meio a humanidade.

FRATERNIDADE SACRÁRIO VIVO,
Em Cristo pelos irmãos.

SANTA ESCRAVIDÃO...

A Santa Escravidão a Jesus por Maria é uma prática de devoção antiguíssima, remontando aos primeiros séculos da Igreja. Com o passar dos séculos, experimentou uma admirável evolução, no sentido que cada vez melhor se compreendeu o que esta prática significava no contexto da fé. Passando pela escola francesa do século XVII do cardeal de Bérulle, Boudon, Olier, Condrem, São João Eudes, etc.

Foi em São Luís Grignion de Montfort que a doutrina e a prática da Santa Escravidão encontrou sua expressão mais perfeita, sendo também, por meio deste grande apóstolo de Maria, que esta prática devocional tornou-se popular. A doutrina e espiritualidade da Santa Escravidão de Amorforam imortalizadas por São Luís Grignion, no célebre escrito: “O Tratado da Verdadeira Devoção a Santíssima Virgem”.
Tal livro demonstra com muita sabedoria, clareza e unção quem é a Santíssima Virgem, qual é o seu papel na vida da Igreja e de cada pessoa em particular, com efeito o livro mostra a missão materna que Deus confiou a Santíssima Virgem, as razões e a maneira como Deus sujeitou a ela todos os corações, bem como, o papel da Santíssima Virgem no estabelecimento do reinado de Cristo e sua união íntima com o segundo advento de seu filho.
O Tratado da Verdadeira Devoção à Santíssima Virgem foi escrito por São Luís Grignion de Montfort em 1712, e devido à grande força que esse escrito tem para levar as pessoas à verdadeira santidade foi fortemente combatido pelo inimigo infernal. O demônio quis verdadeiramente destruí-lo, mas Deus não permitiu, contudo, o inimigo escondeu este tratado durante cento e trinta anos. Tudo isso foi admiravelmente predito e escrito por São Luís, no próprio Tratado da Verdadeira Devoção onde narra:
“Vejo animais frementes que se precipitam furiosos para destruir com seus dentes diabólicos este pequeno manuscrito e aquele de quem o Espírito Santo se serviu para compô-lo, ou ao menos para fazê-lo ficar escondido no silêncio de um baú a fim de que não apareça” 

(T.V.D. 112).

Assim, este livro escrito em 1712, desapareceu sendo reencontrado apenas em 1842 em um baú de livros velhos. Publicado em 1843 tornou-se leitura obrigatória de toda alma piedosa que buscasse a santidade. De fato, São Luís predisse o desaparecimento do livro, também, como o seu reaparecimento e o seu sucesso (c.f. T.V.D. 112), de modo que, depois que foi publicado o tratado, a Santa Escravidão tornou-se a via espiritual de muitos santos, que se fizeram escravos de Maria Santíssima, e na escola de seu Imaculado Coração aprenderam a amar a Deus e fazer sua santa vontade.
Santos como: São João Maria Vianney, São João Bosco, São Domingos Sávio, Santa Terezinha, Santa Gema Galgani, São Pio X, São Pio de Pietrelcina e tantos outros santos e santas do nosso tempo, viram, na total consagração a Santíssima Virgem não uma “devoção qualquer” ou “mais uma devoção” mas uma Devoção Perfeita, aquela devoção querida por Jesus ao fazer de cada um de nós filhos de sua Mãe Santíssima.
Um dos maiores apóstolos desta consagração foi nosso querido Papa João Paulo II, que se fez escravo por amor quando ainda era seminarista. E de tal forma esta total consagração ordenou sua vida e missão que adquiriu como seu lema pessoal o “Totus Tuus Mariae”. João Paulo II foi um testemunho vivo da eficácia desta consagração na vida de uma pessoa.
São Luís Maria Grignion de Montfort



Santíssima Virgem...

Nossa Senhora é proclamada pela igreja de Cristo como a “Bem aventurada e sempre Virgem Mãe de Deus, tem um papel muito importante na história do cristianismo”. Maria filha de Joaquim, lavrador e homem temente a Deus; e de Ana, piedosa e serviçal domestica. Crescida em família humilde ficou noiva de José que era descendente de Davi. Deus a escolheu e a fez cheia de graça desde a sua concepção.
Desde toda eternidade, Deus escolheu, para ser a Mãe de Seu Filho, uma filha de Israel, uma jovem judia de Nazaré na Galiléia. Para ser a Mãe do Salvador, Maria foi enriquecida por Deus com dons dignos para tamanha função. No momento da anunciação o anjo Gabriel a saúda como “cheia de graça”.
A beatíssima Virgem Maria, no primeiro instante de sua Conceição, por singular graça e privilégio de Deus onipotente, em vista dos méritos de Jesus Cristo, foi preservada imune de toda mancha de pecado original.
Ao anúncio de que conceberia o “Filho do Altíssimo” sem conhecer homem algum pela virtude do Espirito Santo, Maria respondeu com a obediência da fé, “Eu sou a serva do Senhor, faça-se em mim segundo a tua palavra” (Lc 1, 37-38). “E a palavra se fez carne e habitou entre nós” (Jo 1,14). “Maria deu à luz um filho” (Mt 1,25). Assim Maria se tornou Mãe de Jesus, entregou-se ela mesma totalmente à pessoa e à obra de seu Filho, para servir, na dependência dele e com Ele, pela graça de Deus, ao Mistério da Redenção.
Nossa Senhora durante toda sua vida serviu no silêncio, cuidando e zelando da sagrada família. Depois de encerrar o curso da sua vida terrestre, a Santíssima Virgem foi elevada em corpo e alma à glória do Céu.
E para nos recordarmos que temos uma mãe, é que contamos com as sagradas efígies. E para promover o correto uso das sagradas efígies, o concílio de Nicéia recorda que a honra tributada à imagem, na realidade, pertence àquele que nela é representado, e quem venera a imagem, venera a realidade daquele que nela é reproduzido (DS, 601).
O fato é que o cristão não adora imagens, vê nelas a piedosa lembrança que lhe fala aos sentidos e ao coração.
A devoção a Maria leva-nos a um ardor por servi-la, e assim melhor servimos a Deus, as devoções nos levam a uma vida piedosa. A devoção a Santíssima Virgem deve, pois, ser um ato de louvor, de oferta de obséquios, de desejo de imitar suas virtudes e súplicas e por fim termos a sincera vontade de chegarmos a Jesus por Maria.
Nossa Senhora é chamada pela Igreja de onipotência suplicante, ou seja, aquela que tem, por meio de sua súplica a seu filho, o poder onipotente. Na virgem Santíssima está contida toda a graça e dela emana toda a graça, por isso a conclamamos de a Dispensadora de todas as graças.
E por fim Deus revelou á Igreja quatro dogmas sobre Maria. Dogmas são verdades que Deus nos revelou e que a Igreja confirma como revelados, e assim se tornam luzes no caminho da nossa fé. E sobre Nossa Senhora são esses os dogmas.Assunção de Nossa Senhora em corpo e alma. 
A Imaculada Conceição;
Virgindade Perpétua;
Maternidade Divina;
Os quais no ajudam na nossa caminhada rumo ao céu.

FRATERNIDADE SACRÁRIO VIVO,
Em Cristo pelos irmãos.



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